Tatiana Santos
No mercado de trabalho, muitas empresas utilizam as dinâmicas de grupo para seus processos de seleção. O objetivo é para que os recrutadores e gestores conheçam melhor os candidatos, se atentando a personalidade, habilidades e características. Mas, como se diferenciar e mostrar o melhor nesta etapa?
A coordenadora de Recursos Humanos, Elaine Oliveira, explica que a dinâmica é tudo o que os recrutadores procuram saber numa entrevista individual, só que em grupo. Serve para otimizar o processo e observar a pessoa agindo de maneira coletiva. O motivo pelo qual se opta pelas dinâmicas, é que “às vezes, a atividade que eu vou fazer, que aquela pessoa vai desempenhar, realmente é uma atividade que ela precisa estar a todo momento convivendo com outros, fazendo trabalho em grupo, tendo que passar comunicação”, explica a coordenadora.
Como esclarece, não existe certo ou errado nesse processo. Quando os gestores aplicam as dinâmicas, trazem trabalhos que são situacionais, ou seja, uma situação, um estudo de caso, por exemplo. Quando os grupos são divididos em dois e a dinâmica é encerrada, os candidatos imaginam que um grupo conseguiu e outro não. Mas, Elaine destaca: “Não é isso, não é essa leitura que a gente busca na dinâmica. Então, não tem grupo que acertou, não tem grupo que errou, não tem um que fiz errado, não tem o que fez certo. A gente está naquele momento, única e exclusivamente, avaliando o comportamento”.
Planejamento
Em diversos casos, as dinâmicas são relacionadas à construção de algo. Pode ser que um candidato selecionado seja exatamente do grupo que não conseguiu desenvolver a atividade que o recrutador propôs, mas foi o que desde o início se organizou, fez o planejamento da atividade, distribuiu tarefas, houveram conflitos, mas o integrante soube discutir, resolver e ouvir todos que faziam parte do grupo.
Elaine faz um paralelo, usando o exemplo: “O outro grupo foi o que construiu, fez exatamente o que eu precisei, mas a gente observou que não tiveram comunicação, cada um pegou e fez. Quem às vezes construiu uma coisa, o outro vai lá e tira e nem fala porque está tirando. São lideranças mais impostas, não são discutidas”.
A coordenadora de RH lembra que num processo de dinâmica, o melhor grupo não é necessariamente o que concluir o projeto. Em todo tempo se avalia principalmente os comportamentos, e o que é importante é que a pessoa se mostre, de fato, com iniciativa, uma boa comunicação, planejamento e trabalho em equipe.