Tatiana Santos
Itabira atingiu o quantitativo de mais de 4 mil casos confirmados da dengue. Destes, 12 pessoas tiveram a morte confirmada em decorrência da doença, que tem tido uma explosão nos números diariamente em todo o país. São inúmeras pessoas internadas nos hospitais da cidade por conta da dengue.
Mesmo diante do cenário crítico em que encontra grande parte do país, a liberação das vacinas contra a dengue para Itabira e algumas outras cidades do Brasil, aparentemente não está tão perto de acontecer. E ainda que ocorresse de maneira imediata, a imunização seria uma esperança mais para frente, já que são necessárias duas doses a serem aplicadas em um intervalo de três meses. O impacto não seria imediato, mas “uma esperança para o futuro”.
A informação é do secretário nacional de Atenção Especializada à Saúde do Ministério da Saúde, Helvécio Miranda Magalhães Júnior, ao prefeito de Itabira, Marco Antônio Lage, que esteve em Brasília, nesta quinta-feira (29).
Restrição
Conforme o integrante da pasta, o Ministério da Saúde comprou toda a produção do laboratório japonês Takeda para o imunizante Qdenga que é uma vacina com o vírus da dengue atenuado.
A Qdenga teve o registro aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em março de 2023. “Mas, pela limitação da produção do laboratório, se tivesse 50 milhões de doses nós já teríamos comprado. Nós tivemos que restringir, dentro da autorização da Anvisa, da faixa de idade de 10 a 14 anos, começando com 10 e 11 anos”, detalhou.
Apenas 521 cidades contempladas
Dos 5570 municípios do país, apenas 521 receberão as vacinas de imediato. “E a decisão independeu do pedido dos municípios. Foi decisão tomada aqui no ministério, numa negociação técnica com estados e municípios. Essa primeira decisão foi nossa como primeira partida, mas nós estamos pressionando o laboratório para multiplicar por 10, pelo menos, a produção, para no decorrer do ano que vem termos uma cobertura maior com ajuda importante”, esclareceu Helvécio.
O chefe do Executivo itabirano reforçou a definição vinda do governo federal e chamou toda a comunidade a fazer a sua parte no combate ao mosquito Aedes aegypti, causador da dengue, chikungunya e zica vírus.
“Portanto, a questão da vacinação é de médio e longo prazo, e o nosso esforço é o maximo possível para a gente salvar vidas, para tranquiloizar a população. Mas, depende fundamentalmente da limpeza e da conscientização. É o que a gente fala sempre, 10 minutos por dia de cada cidadão para limpar. Seu quintal, seu jardim, sua calha, para olhar todos os recipientes que possam acumular água”, orientou Marco Antônio.